quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Todos irmãos: os cegos, egos e inertes

à minha vida de lado
agradeço à escoliose
a escritos de lápis
ao meu medo do erro
à pia lavo as mãos inclinado
as morissocas me comem a perna
de caneta não apago a torta coluna
nem como coça quando se faz a espera
o povo é rodeado desses mosquitos
sedentos do corpo todo
não me coça mais do que lhes dói
eu posso mais do que lhes chora
ai como eu ainda sou moço
eu trabalho pro depois, é muita tormenta o agora
peço ao pai força no sol por vir
quando cai a noite somente me atrapalho
na torneira e sabão o anel esqueci
quem dera poderem lavar-lhes os sujos olhos
eu que de ferida tenho poucas
este poema se acha pétala murcha ou fugidia
das vidas e minha idiossincrasia
já é amanhã, meu pescoço e novo óleo
escorrego de mais uma forca

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