Nesse instante fico atento
Estico os olhos céticos na estrada
descarrego urgindo a pálpebra ao vento
Carinho de momento, engatinha à tapa
Em cima até some [o cenho
O monte de cobiça [o cume
Me atiça o ego
cantado no véu da pista
Escondo a mão com medo já vendo
grande animal com forma de lenda
Abro a boca do meu celular
Eu vou gritar!
O pesadelo e a goteira despertante
Onde molha o meu catre sara
Minha vida cercada, minha conta na Suíça
Eu sou muito otimista no meu apartamento
Eu minto da hora, do tempo, da valsa regrada
Assalto a vista
Meto a cara no asfalto quente
Farejo petróleo
Fujo do páthos
Amputo o osso retinto
Nesse instante fico atento
Os meus olhos cavados em poço.
domingo, 7 de abril de 2013
Obliteração
Abandono
Abade dono
de quê?
Da fome, do sono
da calma?
Um bando
seguindo
á míngua.
Na casa sem ônus de bar
que pinga sangue, suor
e abano.
Uma banda
dos joelhos
não chora.
Abandono
de alguém que some.
É só uma
aba de homem.
O outro
vai querer estar
é sentindo
até que ele nem se lembre
quão gostoso era viver.
Abade dono
de quê?
Da fome, do sono
da calma?
Um bando
seguindo
á míngua.
Na casa sem ônus de bar
que pinga sangue, suor
e abano.
Uma banda
dos joelhos
não chora.
Abandono
de alguém que some.
É só uma
aba de homem.
O outro
vai querer estar
é sentindo
até que ele nem se lembre
quão gostoso era viver.
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